sexta-feira, 23 de novembro de 2007

COMPORTAMENTO 90's: Vampiros à Solta Em Nova York

Grupos de Jovens Divertem-se à Noite Mordendo o Pescoço e Bebendo Sangue de Amigos
Flávia de Leon
O desaperecimento misterioso de uma dublê de dançarina e jaornalista revelou a existência de um grupo até então desconhecido do público nova-iorquino: os chamados vampiros Eles são jovens de classe média, com idades entre 20 e 30 anos, que vestem-se de preto, usam maquiagem pesada e cultuam o hábito imortalizado pelo cinema em filmes de terror: beber sangue.
De hábitos noturnos como bem convém a um vampiro, eles reúnem-se em casa ou clubes privados no Village, o bairro eclético que mistura punks, rappers, gays, e artistas. Podem ser encontrados também na chamada Cidade Alfabeto, o novo ponto de encontro da moda que abrange as avenidas A, B e C, localizadas abaixo da Primeira Avenida.
De acordo com a imprensa, esses jovens gostam de morder os pescoços uns dos outros para chupar sangue. Não seguem portanto à risca as lições de Nosferatu, já que não saem pela rua à caça de jugulares.
A história dos vampiros de Nova Yorque veio à tona depois do desaparecimento de Susan Walsh, uma ex-dançarina de boate que queria transformar-se numa reporter investigativa. Segundo Martha Young, mãe de Susan, ela estava investigando os vampiros para uma reportagem que seria publicada no jornal "Village Voice". No jornal, entretanto, ninguém confirma ou desmente a versão de que os vampiros estivessem sendo investigados por Susan.
O Departamento de Polícia de Nova Yorke não sabe quantos exatamente são os vampiros nova-iorquinos, quem são ou onde moram. Estima-se que existam vários pequenos grupos do tipo na cidade. Nenhuma denúncia foi feita contra eles, e o departamento avisa que só vai investigá-los no caso de serem vinculados a algum assassinato. Até o momento, segundo os policiais, os vampiros nova-iorquinos não são considerados perigosos.
Jornal O Globo 5º-Feira 08 de Agosto de 1996

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