quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Centro Gaia Ltda
As substâncias psicoativas (lícitas e/ou ilícitas) acompanham o homem desde as sociedades mais primitivas, nos rituais de cura, misticos e religiosos. Nesses momentos, as referidas substâncias estavam sob um controle da coletividade, por representar hábitos sociais.
Entretanto, com os processos de modernização e industrialização, que trouxeram uma série de novas descobertas benéficas para a população, bem como forma de se relacionar com as drogas, dessacralizou o uso e se colocou como agente perene do consumo dessas substâncias.
Um novo contexto de transformações econômicas e mudanças nos meios de produção, que exaltam a pose de bens materiais e o consumo de produtos como valores obrigatórios na vida das pessoas, onde o ter se impõe ao ser, fazendo fluir a fantasia de acesso fácil e direto às coisas prazerosas, como se fosse possível alcançá-las de forma duradoura sem engajamento pessoal, a droga se apresenta como um "produto mágico", de fácil acesso para o prazer, o bem estar imediato e urgente.
Observamos que ao longo do tempo, aprópria organização da sociedade privilegiou situações sociais que introduzem o uso permissivo das drogas, inclusive de crianças e adolescentes, que por suas particularidades não só, mas também, etárias, formam uma população mais suscetível ao consumo de substâncias psicoativas.
Esse consumo vem sendo uma questão de preocupação para a saúde píblica, à medida que cada vez mais observamos uma diminiução da faixa etária do início de uso, agravamento no padrão de consumo, que por muitas vezes se transforma em abuso ou dependência, e pode afastar o indivíduo da procura ativa e engajada de soluções e o leva a uma fantasia de uma solução temporária e aos poucos pode agravar as dificuldades primárias e criam outras mais graves e pesarosas (degradação moral/física, isolamento, marginalização, e em alguns casos, à morte).
Nesse sentido, verificamos que tal contexto impõe a profissionais e a sociedade como um todo, um constante desafio, quanto ao conhecimento, limites e possibilidades referentes à temática.
Damanda daí a necessidade de capacitação e aprimoramento teórico-prático constante de todos aqueles que atuam e que pretendem atuar nesse contexto.
Diante do exposto, o Centro Gaia, criado no ano de 2007 em Campos dos Goytacazes/RJ por Fred Luiz Mauricio (Conselheiro em Dependência Química -Adultos e Adolescentes), Rosa Mª T. Medeiros (Conselheira em Dependência Química - Adultos, Familiares e Adolescentes, Assistente Social) e Christiane Cortes Amaral (Assistente Social) propõe ações preventivas (Prevenção Primaria, Secundária e Terciária) à todos que tenham como objetivo o conhecimento nessa área e interesse em desenvolver atividades profissionais relativas ao tema.
Para tanto, colocamo-nos à disposição para maiores informações, aos profissionais, usuários abusivos de substâncias psicoativas (lícitas e/ou ilícitas) e familiares (além de interessados no assunto), principalmente da região norte-nordeste fluminense do Estado do Rio de Janeiro.
À partir de agora, começaremos a passar textos informativos sobre uso/abuso de substâncias psicoativas, política relacionado ao assunto, temas sobre familia, adolescência, comportamento e etc.
Esperamos que gostem e qualquer tipo de partilha de conhecimento é bem vinda, para que possamos passar o maior número possivel de informação para a sociedade sobre esta pandemia que é a dependência química (pandemia por que a OMS considera a dependência química como doença).
Por isso, bem vindos!
Fred L. Mauricio
Conselheiro em Dependência Química

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