sexta-feira, 30 de novembro de 2007

MATERIAL INSTITUCIONAL: Centro Gaia Ltda

Introdução - A Dependência Química é uma doença que, atualmente, sensibiliza a todos devido aos vários danos que causa a sociedade, empresas, escolas, famílias, e principalmente ao indivíduo portador da mesma. Caracteriza-se pelo uso abusivo de substâncias psicoativas (drogas lícitas e ilícitas) que alteram o humor. Sua progressão induz o dependente a um processo de auto-destruição.
O Centro Gaia é uma empresa de tratamento e assessoria em Dependência Química com a proposta de atuar nas áreas de Prevenção, Tratamento, Assessoria, Treinamentos e Cursos.
1) Prevenção - Destina-se a informar a comunidade, empresas, colégios, profissionais e etc, sobre a Dependência Química, através de palestras, seminários, encontros, cursos sobre a doença e questionamentos afins (DSTs/AIDS, relacionamentos, trabalho, lazer e outros).
2) Tratamento - De forma ambulatorial, dirigido à dependentes químicos, familiares/amigos, adolescentes e crianças, baseando-se no Modelo Minessota e nos Doze Passos de Alcólicos Anônimos.
- Tratamento Ambulatorial à Dependentes Químicos - Em três fases, sempre em grupo, visando a conscientização do cliente para a doença, suas consequências e comportamentos, e a reinserção na sociedade de forma produtiva.
Fase 1 - Objetiva informar sobre a doença, comportamentos e sentimentos. Realizada três vezes por semana, em sessões de três horas por dia, com palestras, grupos visando o auto-conhecimento, dinâmicas, vídeos com duração aproximada de 05 meses.
Fase 2 - Fase de Ação, onde o cliente tem a possibilidade de experimentar novos comportamentos e com isso buscar melhorar sua vida. Realizada duas vezes por semana com sessões de três horas por dia, com duração aproximada de 04 meses.
Fase 3 - Pós-Tratamento. É a fase de manutenção dos comportamentos / conhecimentos adquiridos, ajudando o cliente a identificar uma melhor maneira de lidar com o seu dia-a-dia, com duração aproximada de 06 meses.
- Programa Familiar - Destinado à familiares e amigos de dependentes químicos que convivem com os mesmos e que, de alguma forma, se sentem afetados por essa doença. É um programa informativo, com a finalidade de esclarecer sdobre a doença, sua progressão, trazendo aos familiares e amigos uma nova forma de conviver com o dependente químico e consigo mesmo. Encontros semanais, em grupo, com a duração de três horas por dia, por um período de no mínimo 01 mês.
- Ambulatório Familiar - Realizado da mesma forma que o ambulatório para dependentes quimicos; porém o enfoque será nos comportamentos da doença familiar e seus mecanismos (controle, defesas, etc).
- Programa Para Adolescentes e Crianças - Destinado a filhos e parentes de dependentes quimicos que desde cedo convivem no ambiente contagiante da doença. É um programa informativo realizado o1 vez por semana, com três horas de duração, sempre em grupo ou, caso haja necessidade, sessões individuais.
- Ambulatório Para Adolescentes e Crianças - Realizado da mesma forma que o Ambulatório Para Dependentes Químicos, mas com maior enfôque nas formas de expressão dos sentimentos e comportamentos e a identificação e o conhecimento dos mesmos.
3) Assessoria:
- Empresas: feita através de acompanhamento a Programas de Prevenção já existentes, clínicas, hospitais que não possuam este tipio de programa, palestras e atividades informativas.
- Escolas: feita através de palestras informativas sobre comportamento de risco e outras atividades (videos-debates, dinâmicas, etc) para professores, pais e alunos, com uma programação que abrange todo ano letivo, em encontros bimestrais focalizando a Prevenção de comportamentos de risco.
- Grupos de Profissionais: feita através de cursos e supervisão à profissionais e/ou interessados na área.
4) Treinamento - Desenvolvido através de projetos específicos às necessidades da empresa, hospital, clínica, Instituições governamentais ou escolas, com o objetivo de capacitar profissionais a atuarem em programas de identificação da doença em seu meio, Prevenção, abordagegem, formas de tratamento e encaminhamento disponíveis.
5) Cursos - Destinado a informar e aprofundar conhecimentos, métodos, técnicas de tratamento, abordagens e etc, sobre a dependência química e temas correlatos.
6) Equipe - A equipe é muldisciplinar, formada por profissionais atuantes na área da dependência quimica.
Esperamos em breve poder trocar idéias, trabalhos, experiências, travando conhecimento e, se possível, colaborar com seu ideal na área da Dependência Química.
Até mais.
Fred Luiz Maurício
(Conselheiro em Dependência Química, Intervencionista) Rosa Mª T. de Medeiros
(Assistenten Social, Conselheira em Dependência Química)
Campos dos Goytacazes/RJ
01/12/2007
-------------------------------------------------------------------------------------------

AREIAS AO VENTO...

1ª Música em Família
"Durante a Era Glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os Porcos-Espinho, prcebendo a situação, resolveram se juntar em grupo; assim se agasalhavam e se protegiam mutuamente. Mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos, justamente os que mais forneciam mais calor. E, por isso, tornaram a se afastar uns dos outros. Voltaram a morrer congelados. E precisavam fazer uma escolha ou desapereciam da face da Terra, ou aceitavam os espinhos do semelhante. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam a conviver com as pequenas feridas que uma relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E terminaram sobrevivendo".
Autor Desconhecido
Cerca de 1996
Campos dos Goytacazes/RJ
--------------------------------------------------------------------------------------

HISTÓRIA - TABAGISMO 2000's: Cigarro Envelhece

Mais um item na extensa lista de malefícios do cigarro para ajudar a convencer aqueles que não conseguem abandonar a dependência: fumar aumenta as rugas ao redor da boca. "O cigarro potencializa os sintomas de envelhecimento e uma das principais evidências pode ser notada na pele ao redor da boa", afirma o dermatologista Ricardo Fenelon, de Brasília. Segundo ele, a nicotina atua como vasoconstritor, que diminui a oxigenação da pele. Outras substâncias químicas liberadas pelo cigarro acentuam a quebra do colágeno, a proteína que dá sustentação à pele. O ressecamento provocado pela fumaça contribui para a formação de rugas de expressão ao redor da boca. Além de interferir no aspecto estético, lembra o médico, fumar facilita o aparecimento do câncer de boca, pelo efeito do alcatrão na mucosa bucal.
Revista Veja
26 de Junho de 2002
---------------------------------------------------------------------------------------------

HISTÓRIA - TABAGISMO 90's: Muito Cigarro e Pouca Fumaça

Relatório da Associação Brasileira da Industria do Fumo mostra que as empresas estão produzindo mais cigarro, mas o brasileiro está comprando menos. A explicação é que elas estão exportando mais.
Produção Em 1994 = 164 bilhões de unidades.
Produção Prevista Para 1999 = 173 bilhões de unidades
Consumo Em 1994 = 109 bilhões de unidades.
Consumo Previsto Para 1999 = 97 bilhões de unidades
Revista Veja
27 de Outubro de 1999.
---------------------------------------------------------------------------------------------

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

COMPORTAMENTO 90'S: Joel, O Estripador

A Policia de Nova York Prende Por aAcaso Um Maníaco Sexual Que Diz Ter Estrangulado Dezessete Prostitutas - O furgão bege passou depressa pelo sinal vermelho. Chamou a atenção dos policiais porque não tinha placas e ostentava no pára-choques traseiro um adesivo curioso: "Paus e Pedras podem quebrar meus ossos, mas chicotes e correntes me excitam". Pelo auto-falante, o policial Sean Ruane ordenou ao motorista que parasse no acostamento. O furgão acelerou e o carro da polícia também. A persiguição só terminou vinte minutos depois, quando o motorista do carro, Joel Rifkin, 34 anos, paisagista desempregado, amassou a dianteira do furgão num poste de rua. Atordoado pela batida, Rifkin foi algemado. Tudo não teria passado de mais um incidente no trânsito conturbado da região metropolitana de Nova York, não tivesse o policial Ruane farejado algo de podre no furgão. Na traseira do carro, a patrulha encontrou o corpo de uma mulher em decomposição, morta há pelo menos três dias. O cadáver tinha marcas de estrangulamento. Joel Rifkin pretendia enterrá-lo num terreno baldio perto de um aeroporto nas redondezas.
Conduzido à delegacia mais próxima, Rifkin despejou uma confissão assombrosa. Pelas suas contas, matou dezessete mulheres nos últimos três anos, todas prostitutas, americanas ou hispânicas, escolhidas ao acaso pelas ruas pelas ruas de Nova York. Contou aos policiais como eram suas vítimas, quase sempre moças na casa dos 20 anos; falou sobre as bijuterias que usavam e declinou nomes de guerra. No depoimento, Rifkin disse que fazia sexo com as prostitutas e depois as estrangulava. Os corpos eram jogados em rios, depósitos de lixo de cidades próximas ou levados até Estados vizinhos. Na casa que dividia com a mãe adotiva, Jeane, de 71 anos, e a irmã Jan, num subúrbio de Nova York, a polícia encontrou documentos de dez mulheres, além de um barril com manchas de sangue e anotações do próprio punho do criminoso. Até sexta-feira da semana passada, guiados pelas indicações de Rifkin, os policiais já haviam encontrado os corpos de duas mulheres, ainda não identificadas. O paisagista, uma espécie de jardineiro de luxo com curso universitário incompleto, foi indiciado por assassinato em segundo grau. "Se tudo o que ele disso for verdade, esse pode ser o pior caso de assassinato em série de Nova Yorque nos últimos anos", declarou o major Anthony DiResta, chefe de polícia de Long Island.

Rifkin - o assassino que amava as plantas

Alface E Poemas - Rifkin, apelidado pela imprensa popular de Joel, O estripador, de fato se enquadra tão bem no perfil do chamado assassino em série, o psicopata que mata com requinte de perversidade seguindo sempre o mesmo padrão mostrado na literatura policial e no cinema, que parece ter sido feito sob encomenda. Os vizinhos consideravam-no um sujeito simpático, caladão e sempre disposto a ajudar. Solitário, passava tempo cuidando de plantas e consertanto o furgão. "Joel sempre foi muito gentil; trazia flores e alface e tomates de sua própria horta", contou Joy Reiter, vizinha da família há mais de trinta anos. Filho adotivo de um casal de classe média, cursou durante dois anos a escola de agricultura da Universidade de Nova York. "Ele é apaixonado por horticultura, fotografia e escreve poemas", diagnosticou o advogado de defesa Robertu Sale, que pretende alegar instabilidade emocional para livrar o cliente da cadeia.
Revista Veja
07 de julho de 1993
--------------------------------------------------------------------------------------------

COMPORTAMENTO 90'S: Todas As Taras do Hospício Sibernético

Chegou discretamente à livrarias brasileiras, há alguns meses, um 'capadácio' de quase novecentas páginas que não entrou nas listas dos best-sellers mas já está esgotado - e não se trata de mais um lvro de anjos, nem daqueles que ensinam a ganhar grana no mole. Depois de vender mais de um milhão de exemplares nos Estados Unidos, o livro "Páginas Amarelas da Internet" (Harvey Hahn e Rick Stout, Makron Books) está fazendo a alegria dos internautas brasileiros. A passar os olhos sobre ele, o leitor terá uma idéia do verdadeiro delírio em que se transformou a rede mundial de computadores. Seja qual for a área de interesse, sem rigorosamente qualquer limite, o usuário haverá de encontrar aqui uma porta onde bater. Deste temas sérios, como pesquisas sobre genoma de microorganismos agrícolas (http://probe.nalusda.gov:8000/about.html), até receitas anarquistas para confeccionar bombas e explosivos em casa (ftp.eff.org), passando pela lista de funcionários gays do governoa americano (http://www.acs.appstate/stale/rainbow//officials), é possível bisbilhotar em praticamente tudo o que diga respeito à vida humana.
Com um microcomputador e uma linha telefônica você aprende a eliminar moscas e carrapados de sua casa (pub/usenet/news.answers/fleas-ticks), faz seu mapa astral em alguns segundos (http://err.ethz.ch/~kiwi/spirit/astro.html), dá uma espiada nas imagens do telescópio Hubble (sci.astro.hubble), descobre códigos de identificação de todos os aeroportos do mundo (ftp.spies.com), aprende a dissecar virtualmente uma rã, com direito a examinar cada um dos órgãos internos do bicho (http://curry.edschool.Virginia.EDU:80/~insttech/frog), tem aulas de termodinâmica e cinética (bionet.metabolic.reg), aprende a arrombar casa e antrar em carros sem usar a chave (alt.locksmithing) ou conversa sobre angústia, amargura, antropofagia, medo, ansiedade e mau humor com pessoas que também padeçam desses males (alt.angst).
Mesmo que seus desvios de conduta sejam um pouco mais graves, você não se frustará. Há homepages especiais para tarados por lábios (http://oz.sasupenn.edu/lynn/lips/html), por vacas mortas (ftp.eff.org), por esquizofrênicos (http://www.rpi.edu/~pierl/lowroad.html), por homens nus (alt.fan,naked.guy), por Papai Noel (alt.religion.santaism) e por pés grandes (alt.bigfoot).
Suas taras são canalizadas para o estômago? Não se preocupe, o cyberspace reserva janelas especiais também para os gulosos. O usuário pode aprender a fazer em casa a sua própria Coca-Cola (alt.food.cocacola) ou converte-se em um chefe de cozinha especializado em comida japonesa (listserv@jpnknu01.bitnet), em ketchup (alt.ketchup), em Mc Donald's (alt.food.mcdonalds), em panquecas (alt.food.pancakes) e em sushis (alt.food.sushi).
Se você é daquelas pessoas que têm especial admiração por celebridades, as "Páginas Amarelas da Internet" são um prato cheio. Aqui você pode conversar com o Presidente Bill Clinton (president@whitehouse.gov), com o bilinionário dono da Microsoft, Bill Gates (bill@microsoft.com), com o Senador Ted Kennedy (senator@kennedy.senate.gov) ou com o ator James Woods (jameswoods@aol.com). Se no entanto, você é da geração saúde, pode, sem sair de casa, aprender a praticar artes marciais (martialarts@dragon.cso.uiuc.edu) ou esgrima (http://www.ii.uib.no), beisebol (etext.archive.umich.edu), críquete (criket@vml.nodak.edu), golf (http://.gdol.com), lutar sumô (http://akebono.stanford.edu/users/jerry/sumo), saltar de pára-quedas (pub.usenet.news,answer/skydiving) ou ainda tornar-se um craque em patinação artística competitiva (http://www.cs.yale.edu/html/yale/cs/skate.html).
Se ainda ssim, nenhuma dessas loucuras for de seu agrado, a Internet oferece uma homepage feita de encomenda para os brasileiros saudosos dos tempos da modernidade: uma seleta da artigos recentes, escritos pelo ex-Presidente Fernando Collor de Mello (http://www.visionpoint.com/collor.htm) em seu exilio na Flórida. Não perca tempo: ligue seu micro e entre logo nesse hospício sibernético.
Fernando Moraes
Revista Manchete
Rio de janeiro/RJ
11 de maio de 1996

PREVENÇÃO PRIMÁRIA 90'S

----------------------------------------------------------------------------------------------
Alcoolismo - O álcool faz parte de nosso dia a dia, sendo plenamente aceito em nossa sociedade. Porém, se pararmos para pensar, a bebida muitas vezes é usada de forma descontrolada e pode trazer graves danos físicos, sociais e emocionais.
O alcoolismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma "doença", caracterizada pelo uso descontrolado e progressivo da bebida alcoólica. O doente bebe cada vez mais e pode ser levado a loucura ou a morte.
Embora não seja uma doença contagiosa, é contagiante, na medida que para cada alcoólatra cerca de 5 pessoas de alguma forma são afetadas, principalmente a família.
Qualquer pessoa pode ser um alcoólatra; esta é uma doença que aparece entre ricos, pobres, intelectuais, analfabetos, jovens, velhos, brancos, negros, etc., e que atinge cerca de 8% da população.
É importante sabermos que a origem do alcoolismo não é moral: o alcoólatra não bebe por ser fraco de caráter ou por sem-vergonhice. Ele bebe porque está doente!
O alcoolismo, como qualquer outra doença, necessita tratamento e, felizmente, já tem.
O Álcool e O Trânsito - Creca de 65% dos acidentes de trânsito com mortes são causados pela embriaguez do motorista. Todo motorista embriagado esta arriscando a sua vida e a de outras pessoas nas ruas e estradas por onde passa. O perigo começa em apenas 0,5 gramas de álcool por litro de sangue, ou seja, bebendo duas latas de cerveja ou dois chops, ou duas doses de whisky ou aguardante (cachaça), ou dois cálices de vinho, na hora seguinte não deve dirigir. Bebidas alcoólicas e remédios nunca se deram bem; por isso não misture. Antes de dirigir não beba. Bebidas e remédios são uma mistura perigosa e pode ser até fatal.
Como Tratar O ALcoolismo? - Vários métodos já existem. O mais efeiciente é o dos grupos de mútua ajuda como os Alcoólicos Anônimos ou simplemente A.A. - que não são uma turma de gente chata ou sem graça como muitos pensam por preconceito - e que além disso, são de graça.
O tratamento é tanto mais fácil quanto mais cedo começar. Assim, se você conhece alguém que está tendo uma série de problemas na vida e que você acredite na sua intuição e tente ajudá-lo, fale da doença do alcoolismo e encaminhe-o a um grupo. Não conseguindo, procure orientação especializada.
Mesmo que um parente seu não queira se tratar do alcoolismo, você pode e deve frequentar os grupos de família dos Alcoólicos Anônimos - o Al-Anon. Assim você já o estrá ajudando e aprendendo a melhor forma de lidar com ele.
"Não remédio para cortar o efeito do álcool!"
Folheto Institucional de Prevenção Primária: Alcoolismo
CONEN/RJ- Conselho Estadual de Entorpecentes do Estado do Rio de Janeiro
Década de 90.
-----------------------------------------------------------------------------------------------

HISTÓRIA: TABAGISMO 2000's: Guerra ao Cigarro

------------------------------------------------------------------------------------------------
Boca e pulmão tomados pelo câncer, um feto abortado, uma perna necrosada, rato e baratas mortos por arsênico e naftalina, substâncias presentes no cigarro, e um homem com pernas ambutadas. Essas são as novas imagens de advertência idealizadas pelo Ministério da Saúde. Elas deverão ser impressas nas embalagens de cigarros até julho. As fotos estarão companhadas de frases com alertas sobre os danos do tabagismo à saúde dos fumantes. O objetivo da medida é reduzir o consumo de tabaco, responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil. Outra determinação é que as embalagnes tragam o número do serviço Disque Pare de Fumar (0800 703-7033) em forma ampliada, facilitando sua visualização.
Autor Desconhecido
Revista Diálogo Médico
Novembro/Dezembro
2003
------------------------------------------------------------------------------------------------

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

HISTÓRIA: TABAGISMO 2000's

------------------------------------------------------------------------------------------------
Para a OMS, preço do cigarro é "acintoso" - Especialista diz que o governo brasileiro deveria usar a política econômica para reduzir consumo e fortalecer a saúde.
O preço do cigarro no Brasil é "acintoso". A definição é da brasileira que atingiu o mais alto posto na luta contra o cigarro - Vera Luiza da Costa e Silva, 50 anos, gerente do programa de combate do tabagismo da OMS (Organização Mundial de Saúde), em Genebra.
Pesquisa sobre 88 países, divulgada ma ultima semana, confirma o acinte: o cigarro brasileiro é o sexto mais barato do mundo. São Paulo é uma das dez cidades no mundo, numa lista de 56, em que é mais barato comprar um maço de Marlboro do que um quilo de pão.
Para Vera Luiza, pneumologista com doutorado em saúde pública, o governo brasileiro precisa usar a política econômica, aumentando impostos sobre o cigarro, em benefício da saúde.
Folha de São Paulo - A OMS defende que o aumento do preço do cigarro é a medida mais eficaz para reduzir o consumo. Por que o governo brasileiro não segue essa recomendação?
Vera Luiza da Costa e Silva - Acredito que o governo ainda não tenha se definido politicamente em relação a essa política. Há o temor de que o aumento vá estimular o contrabando.
Folha de São Paulo - E não estimula? Vera Luiza da Costa e Silva - Ao contrário do que a indústria coloca, não há provas de que uma política de preços consiga desestimular ou aumentar o contrabando. Estudos do Banco Mundial mostram que até os países em que há contrabando conseguem reduzir o consumo quando aumentam preços. Controle de contrabando depende do combate à criminalidade.
Folha de São Paulo - Aumentar para quanto? Vera Luiza da Costa e Silva - É difícil dizer porque o preço do cigarro brasileiro é acintoso. É matemático. Quando diminui o preço, aumenta o consumo e aumenta o adoecimento.
Folha de São Paulo - Não falta coragem, para adotar uma medida antipopular? Vera Luiza da Costa e Silva - Acho que falta um amadurecimento político no sentido de a política econômica ser usada em favor da saúde.
Folha de São Paulo - Que avaliação a Srª faz das medidas antifumo adotadas pelo ex-ministro José Serra? Vera Luiza da Costa e Silva - O ministro tomou as medidas que poderia ter tomado na área da saúde. O Brasil tem hoje uma legislação de ponta no controle do tabagismo. A colocação do tabaco na Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi extremamente importante.
Folha de São Paulo - Por quê? Vera Luiza da Costa e Silva - A Agência vai colocar a indústria para atender os direitos do consumidor, vai fazê-la diminuir teores de substâncias tóxicas e, num futuro, começar a controlar aditivos, pesticidas e outras substâncias que vão no cigarro.
Folha de São Paulo - A OMS tem alguma avaliação da propaganda de choque?
Vera Luiza da Costa e Silva - A experiência de outros países mostre que este tipo de publicidade funciona. Hoje, 30% das pessoas que tentam parar de fumar no Canadá o fazem por causa da publicidade chocante nos maços. A Austrália também deve uma publicidade externamente chocante, mostrando os vasos sanguíneos, cegueira por causa de cigarro e funcionou.
Folha de São Paulo - Não seria equivocado chocar o fumante e não oferecer tratamento, como se faz no Brasil?
Vera Luiza da Costa e Silva - A OMS recomenda que o fumante seja visto como um doente a ser tratado. O Brasil tem um passo muito importante a dar, no sentido de treinar profissionais da saúde para aconselhar e até, eventualmente, usar medicação para tratar o fumante.
Folha de São Paulo - Há quem diga que o tratamento é inviável por ser caro.
Vera Luiza da Costa e Silva - Nos países em desenvolvimento, como o Brasil, você não pode ter a pretenção de fornecer tratamento na rede pública pensando em remédio para deixar de fumar. Tem de treinar os profissionais de saúde para fazer acompanhamento. No caso de fumantes que tratam com medicamentos, você tem sucesso de 30%. Com aconselhamento, você pode conseguir até 20%. Ou seja, se você conseguir 10% numa população só com medidas mais simplificadas, está dando um passo imenso. No Brasil, seriam 4 milhões de fumantes parando sem gastar um tostão com remédio.
Folha de São Paulo - No Brasil, a claase média recporre a tratamentos com antidepressivo e substitutos da nicotina. São os melhores métodos?
Vera Luiza da Costa e Silva - Para de fumar é uma decisão complexa. O indivíduo tem que querer parar, e depende de suporte da sociedade. Droga deve ser usada para quem fez uma tentativa e não consegiu.
Folha de São Paulo - Por que o consumo de cigarro nos países ricos cresce só entre adolescentes e mulheres?
Vera Luiza da Costa e Silva - O cigarro ainda tem a imagem de libertário, de contestador. Ele se insere como uma cunha separando a vida infantil da adulta. As imagens de bem-estar, de sucesso e de sexualidade exploradas pela publicidade são pistas do sucesso entre os adolescentes.
Folha de São Paulo - Pela primeira vez na história, está havendo uma redução no consumo de cigarro em Estados americanos, como a California, e em países nórdicos. Qual é a consequência dessa queda?
Vera Luiza da Costa e Silva - Cai rapidamente a mortalidade por infarto e doenças coronarianas. Já a mortalidade por câncer de pulmão demora de 20 a 25 anos para ter uma queda.
Folha de São Paulo - Existe algum país-modelo no combate ao cigarro?
Vera Luiza da Costa e Silva - A Finlândia. Há 25 anos, uma região iniciou um programa de redução de consumo de tabaco, de gorduras saturadas, de aumento de atividade fisica e de consumo de alimentos saudáveis. Ocorreu uma queda drástica de mortes por infarto, por acidentes vasculares cerebrais e por câncer de pulmão. Eles foram criativos: deram incentivos fiscais para quem criasse porcos com menos gorduras, para quem fizesse margarina com gosto de manteiga. É um programa em que a economiaentra em peso. O Brasil tem de começar a pensar assim. Tem de decidir se vai investir em cultura do tabaco ou de alimentos saudáveis.
Folha de São Paulo - Há alguma experiência similar no Terceiro Mundo?
Vera Luiza da Costa e Silva - A África do Sul teve uma queda de consumo acentuada com aumento de preços. A Tailândia fez a mesma coisa. É a saída porque o cigarro consome boa parte do orçamento da saúde.
Em São Paulo, São Precisos 17 Minutos de Trabalho Para Manter A Dependência - Se na contra propaganda ao fumo o Brasil está ao lado do Canadá, o primeiro país a estampar fotos chocantes dos males do fumo, no quisito preço é o sexto mais baixo do mundo. Só perde para Indonésia, Senegal, Filipinas, Vietnã e Costa Rica.
O maço de Marlboro no Brasil é mais barato que na Costa do Marfim, no Gabão e em Camarões. A comparação aparece em pesquisa publicada na última semana na revista "Tobacco Control".
Em São Paulo, é preciso trabalhar 17 minutos para comprar um maço de Marlboro, segundo o levantamento. Só há quatro cidades onde o acesso é mais fácil.
São elas: Tóquio (09 minutos), Taipei (11 minutos), Zurique (12 minutos), Genebra (12 minutos).
Em São Paulo, é preciso trabalhar menos para comprar um maço de Marlboro do que um quilo de pão (27 minutos de trabalho).
Preços no Mundo (preço por maço do Marlboro regular ou marca internacional equivalente em março de 2001 - The Economist Intelligence Unit/Organização Mundial de Saúde)
  1. Noruega - US$ 6,48
  2. Reino Unido - US$6,24
  3. Irlanda - US$ 4,47
  4. EUA - US$3,71
  5. Austrália - US$ 3,46
  6. França - US$ 3,13
  7. Itália - US$ 2,70
  8. Espanha - US$ 2,16
  9. Portugal - US$ 1,86
  10. Brasil - US$0,85
  11. Costa Rica - US$0,75
  12. Vietnã - US$0,72
  13. Senegal - US$ 0,71
  14. Filipinas - US$ 0,67
  15. Indonésia - US$ 0,62
O Marlboro, O Big Mac E O Quilo do Pão: Quantos minutos é preciso trabalhar para comprar (o valor do minuto foi obtido à partir de uma média do salário pago por hora em 12 ocupações - Union Bank Of Switzerland/2000 e The Economist Intelligence Unit)
  • São Paulo/Brazil = Marlboro (17), Big Mac (36), 01 Kg de Pão (27)
  • Buenos Aires/Argentina = Marlboro (21), Big Mac (29), 01 Kg de Pão (23)
  • Sydney/Austrália = Marlboro (28), Big Mac (13), 01 Kg de Pão (13)
  • Santiago/Chile = Marlboro (38), Big Mac (62), 01 Kg de Pão (19)
  • Copenhague/Dinamarca = Marlboro (23), Big Mac (19), 01 Kg de Pão (12)
  • Paris/França = Marlboro (20), Big Mac (19) 01 Kg de Pão (17)
  • Mumbai/India = Marlboro (102), Big Mac 105), 01 Kg de Pão (34)
  • Nairobi/Quênia = Marlboro (158), Big Mac (178), 01 Kg de Pão (64)
  • Milão/Itália = Marlboro (26), Big Mac (21), 01 Kg de Pão (22)
  • Tóquio/Japão = Marlboro (09), Big Mac (09), 01 Kg de Pão (14)
  • Amsterdã/Holanda = Marlboro (19), Big Mac (16), 01 Kg de Pão (10)
  • Lisboa/Portugal = Marlboro (26), Big Mac (32), 01 Kg de Pão (15)
  • Madri/Espanha = Marlboro (21), Big Mac (21), 01 Kg de Pão (09)
  • Genebra/Suíça = Marlboro (12), Big Mac (16), 01 Kg de Pão (09)
  • Nova York/EUA = Marlboro (18), Big Mac (12), 01 Kg de Pão (15

Mario Cesar Carvalho

Jornal Folha de São Paulo/SP

Domingo

17 de Março de 2002

-----------------------------------------------------------------------------------------------

HISTÓRIA - PROPAGANDA TABAGISTA 90's: Camel

-----------------------------------------------------------------------------------------------
- 1996 -

MATERIAL INSTITUCIONAL = Skol

------------------------------------------------------------------------------------------------

Ficha de inscrição para concorrer ao Skol Rock - 1996

Tipico exemplo de identificação entre álcool e música, tantas vezes empregado pelas companias de bebidas alcoólicas

------------------------------------------------------------------------------------------------

terça-feira, 27 de novembro de 2007

COMPORTAMENTO 90'S: Bonitinha, mas desajustada

------------------------------------------------------------------------------------------------
Jennifer Jason Leigh Diz que Foge de "Papéis Caretas" e volta a Viver Uma Desequilibrada em "Georgia" - O conceito de filme caseiro nunca esteve tão bem representado como em "Georgia". Drama centrado na doentia fixação de uma jovem emocionalmente instável e profissionalmente incompetente por sua bem-sucedida e equilibrada irmã , uma cantora de folk, o filme só tomou forma a partir do empenho pessoal da atriz Jennifer Jason Leigh , que faz sua estréia como produtora. Intérprere de um punhado de personagens desajustados (e elogiados pela crítica), como a prostituta de "Noites violentas no Brooklyn" e a psicopata que acossa Bridget Fonda em "Mulher solteira procura", Jennifer saiu do conforto de seu stardom para levantar os US$ 10 milhões necessários para a produção de "Geórgia". Foi a forma que encontrou para viabilizar o roteiro escrito por sua mãe, Barbara Turner, elaborado a partir de idéias trocadas com ela.
"Fazer este filme foi uma experiência especial para mim, porque foi escrito por minha mãe, que é uma grande escritora e uma pessoa que amo muito", diz a atriz, de sua casa em Los Angeles.
Se, para Jennifer, interpretar é uma questão de feeling, produzir envolve fôlego e sangue frio.
"É muito difícil arranjar dinheiro para um projeto", explica a atriz. "Especialmente para uma pessoa como eu".
Atriz Contracena Com cadidata ao Oscar de Coadjuvante - Prêmio de melhor filme e atriz (Jennifer) no Festival de Montreal, e candidato ao Oscar de melhor atriz coadjuvente (Mare Winningham, atriz de "Wyatt Earp", de Lawrence Kasdan, cantora e compositora), "Georgia" se debruça sobre as dores de Sadie (Jennifer), cantora de talentos limitados, que divide seu tempo entre performances em bares sórdidos e coquetéis de drogas. Sadie tem como modelo inatingível a irmã, Georgia (Winingham), cantora de música regional que leva uma vida confortável, com casa e familia para cuidar. Filha mais nova do ator Vic Morrow (morto em acidente durante as filmagens de "No limite da realidade", produzido por Steven Spielberg) Jennifer afirma que "Georgia" não é calcado em experiências vividas em família.
"Nada há de biográfico no filme. Sequer lembro ou conheço algum caso de obsessão entre irmãs com o de 'Georgia'. Mas, de alguma forma, sinto que este projeto é muito pessoal", diz Jennifer. "Talvez porque ele fale sobre coisas próximas de mim".

Anti-heroína convicta, Jennifer Jason Leigh é uma cantora drogada e obcecada pela irmã no drama "Georgia"

A triz se refere ao fato de interpretar uma aspirante a Janis Joplin dos anos 90, que não consegue se livrar da dependência química. As drogas também já foram um problema na familia Morrow. A irmã mais velha de Jennifer, Carrie, era dependente em drogas peasadas e passou temporadas em clínicas de reabilitação. Foi Ciarrie quem ensinou a irmã atriz a interpretar corretamente a dependente química de "Rush - uma viagem ao inferno" de Lilli Fini Zanuck. Jennifer voltaria a usar a irmã como consultora para as sequências em que Sadie sofre os efeitos de fortes doses de heroína. Na opinão da atriz, seu personagem é fruto de uma relação fraterna mal resolvida. "Sadie realmente ama Georgia, mas é obcecada pelo talento da irmã, um dom que ela não tem", explica Jennifer.

Intérprete de adolescentes doidivanas ("Picardias estundantis", de Amy Hackerling), prostitutas desequilibradas ("Noites violentas no Brooklyn", de Uli Edel, e "O anjo assassino", de George Armitage), escritoras alcoólatars ("Dorothy Parker e o círculo vicioso", de Alan Rudolph) e repórteres destemidas ( "A roda da fortuna", dos irmãos Coen, um dos raros personagens 'caretas' de seu histórico) ou problemáticas ("Eclipse total"), com "Georgia" Jennifer engorda seu currículo de tipos desajustados.

Anti-heroína por excelência, a triz prefere se envolver com personagens outsiders, de comportamento excêntrico ou destinados a encarar o fundo do poço à disputar o título de "namoradinha da América" na industria cinematógráfica. O esforço em se manter longe dos papéis yuppeis tamém a afasta dos cachês milionários. Mas ela não se importa com isso. É o preço da marginalidade. "As garotas certinhas não me inspiram, profissionalmente", admite Jennifer.

Sadie é um desses tipos ao qual Jennifer se agrra com unhas, dentes e, desta vez, garganta. Uma sequência em particular chama a atenção: aquela em que o personagem canta, de modo angustiante e desesperado, "Take me back", de Van Morrison, ao vivo, diante de um ginásio lotado e em completo silêncio.

"Nunca havia cantado em público antes, e achei a experiência interessante", conta a triz. "Mas, não dá pra pensar em música em termos profissionais, gravar um disco. Não tenho voz para isso" (risos).

Aparência da Atriz Causou 'Frisson' no Festival de Cannes - A decadência física da personagem também impressiona. Maquiagem negra em torno dos olhos, tatuagens falsas espalhadas pelo corpo muito esquálido, Sadie é a sombra da degradação física e emocional. Recém-saída das filmagens, a aparência doentia da atriz suscitou comentários maldosos da imprensa internacional quando a estrela desfilou em Cannes ano passado, onde foi prestigiar a exibição de "Georgia" na mostra "Un certain regard". Ela jura que eram apenas resquícios de suas experiências dramáticas com Sadie. "É engraçado as pessoas lembrarem disso porque, basicamente, apenas me esforcei para perder o peso, o que é muito fácil para mim", acrescenta a triz. "O que eu fiz foi diminuir minha dieta de frutas e legumes". Humilde, Jennifer divide os louros conquistados por "Georgia" mundo afora com o profissionalismo da equipe. especialmente o do diretor Ulu Grosbard. Belga naturalizado americano, Grosbard vem do teatro e é autor de "Confissões verdadeiras" (1981), com o qual Robert De Niro e Robert Duvall dividiram o prêmio de interpretação no Festival de Veneza, e "Amor à primeira vista" (1985), que promoveu o encontro entre De Niro e Meryl Streep. "Sou uma grande fã do trabalho dele", diz Jennifer.

Carlos Heli de Almeida

Jornal O Globo

02 de Março de 1996

AREIAS AO VENTO...

"Se tu tens o dom da força, então saibas que a tua parte é levantar os espezinhados".
(George Meredith, "The Burden of Strenght")

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

LITERATURA/HISTÓRIA: Capítulos Sombrios da História da Igreja

------------------------------------------------------------
Uta Ranke-Heineman Analisa O Longo Despotismo Masculino Sobre As Mulheres
Ranke-Heineman, Uta. "Eunucos Pelo Reino de Deus - Mulheres, Sexualidade e a Igreja Católica". (Trad. Paulo Froes). Ed. Rosa dos Tempos, 1996.
Críticos da primeira edição brasileira, faz três meses, do livro de Uta Ranke-Heineman, catedrática de teologia na Universidade de Essen (Alemanha), viram tom de ódio na obra. Este seria responsável pela maneira com que a autoridade lida com suas abundantíssimas remissões históricas; reproduzidas apenas literalmente, que dizer, fora de seu contexto de interpretação. Ou pelo rigor, beirando o emocional, com que trata certos doutores da Igreja Católica, como Santo Agostinho.
De fato, Uta escreveu movida a emoção, já que seria impossível promover a reabilitação moral do prazer sexual e o resgate da condição feminina de uma misoginia multisecular com a objetividade do cirurgião ao dissecar um cadáver. Mas se há alguém que tira do contexto histórico frases como a de Santo Agostinho, apontando na genitália o lugar teológico do pecado; ou a de São João Crisóstomo, a condenar a mulher-esposa como "adversária da amizade, castigo inevitável, deleite nocivo, mal da natureza pintado de lindas cores", não é certamente a autora. Saõ aqueles que tornaram tais expressões verdades necessárias, imutáveis e eternas, como o próprio Deus.
A sustentar a emoção de Uta, estão os dois pólos do subtítulo, intimamente conexos: a reabilitação do prazer sexual condiciona a da dignidade feminina. De onde vem a reverência cristã pela castidade? Não vem de Jesus, nem do judaísmo. Nasce da filosofia pré-cristã do estoicismo, a influenciar o judaismo tardio e o cristianismo nascente na forma do gnosticismo. Nasce também do maniqueísmo. Este, a que se ligou Santo Agostinho ante de sua conversão, estabelecia ser a procriação ato diabólico. Convertido, Agostinho guindou a procriação a finalidade do casamento, conservando, indisfarçada, sua repugnância pelo prazer sexual: "Se houvesse qualquer outra forma de ter filhos, então todos os atos sexuais estariam subosdinados ao desejo e, portanto, representariam um mau emprego deste mal", Eis aí: a procriação, que não se pode dar sem prazer, é o bom emprego do mal.
Virgens Teriam Cotas Maiores de Recompensas no Céu - Paralelamente, verifica-se uma exaltação exacerbada da virgindade no século de Agostinho, que é o correspondente simétrico do pessimísmo moral em matéria sessual. A ponto de se desnfocar o papel de Maria como mãe de Deus, seu primeiro e principal título na fé cristã. Negando-lhe tudo que tivesse a ver com a sexualidade feminina, ou que fosse "ligado ao processo natural de concepção e parto de um filho". O quadro literário usado pelos Evangelhos, na linha dos midrashim judaicos - a virgindade - para exprimir aquele papel primeiro, foi tirado do nível da narrativa para o nível dos fatos, introduzindo-se assim a leitura historicista dos textos - para não dizer anatômica. Na sequência dessa tradição de origem estranha, virá o celibato dos padres, implantado no Ocidente progressivamente mediante tiradas de terrorismo (o príncipe era autorizado pela Igreja a reduzir a esposa do padre à escravidão, caso esta não quisesse se separar dela; ou podia o bispo tomá-la como propriedade, o que dava no mesmo). E, depois, em 1.139, sancionado definitivamente, quando se passou a negar a ordenação de homens casados e a declarar nulo os casamentos dos ordenados. Virá também a apartheid religioso da mulher, no tocante às funções sagradas: vedava-se às mulheres, ainda no início deste século, até o uso de sua voz nos corais litúrgicos. para as vozes de contralto e soprano, recorria-se a meninos; ou, na itália dos séculos XVI-XVIII, aos "castrati". Esse longo, arbitrário e bitolado despotismo masculino sobre o sexo feminino é violação da justiça, tanto quanto o apartheid político. Que, para Santo Thomás de Aquino, repetindo São Jerônimo, vigoraria até na outra vida: eles fixaram cotas diferenciadas de participação nas recompensas no céu - virgens e castos teriam 100%, viúvos e viúvas, 60% e casados 30%.
Autora Perdeu Aval da Hierarquia Católica - Esse confinamento não foi o bastante. A vida sexual e a vida conjugal ficaram sob vigilância rigorosa, dos "penitenciários" (responsáveis pelas tarifas de penitência) da Idade Média às orientações mais ou menos oficiais do presente. Vistas como aberração pelos leigos, pelo tanto com que conflitam com a antropologia, a psicologia, a medicina e... a teologia. É o caso da contracepção vista como assassinato, em nível igual ao aborto, ou mais antinatural que o incesto. "Isso é um arraso para a teologia", diz Uta, no final do livro. "Priva as pessoas de sua experiência pessoal da vontade de Deus, substituindo-a por um prolífico sistema de casuísmos, mais vizinho dos códigos de delitos e penas".
A scholar Uta Ranke-Heinemann trouxe verdades à luz mais do que novidades. Na impossibilidade de contextá-las, valeu po expediente de desautorizar o porta voz. Por causa de sua obra como professora no mais forte sentido da palavra - segurança do que se ensina - , ela pedeu o aval da hierarquia católica a sua cátedra. Somando-se mais um capítulo sombrio à história intelectual da Igreja.
Marçal Versiani
Doutor em Teologia
Editorialista do Jornal O Globo
Jornal O Globo
Rio de Janeiro/RJ
Sábado
01 de Novembro de 1996
-----------------------------------------------------------------------------------------------

domingo, 25 de novembro de 2007

CINEMA 90'S/COMPORTAMENTOS DE RISCO - Viúva de Pá Virada

------------------------------------------------------------------------------------------------
Courtney Love esquece a culpa pelo suicídio do marido e faz sucesso com uma drogada que é a sua cara.
Os inúmeros desafetos de Courtney Love, entre eles muitos inconformados fãs do conjunto Nirvana, que a culpam pelo suicídio do marido, o cantor e compositor Kurt Cobain, adoram chamá-la de prostituta e drogada. Gente maldosa aposta que ela vai acabar pegando AIDS e morrendo. Corajosa, a cantora do grupo Hole topou a barra de viver no cinema uma personagem que é tudo o que a acusam de ser. Em "O Povo Contra Larry Flynt", Courtney vive Althea. Ela é a problemática mulher do personagem-título, o editor da resvista pronográfica Hustler, vivido por Woody Harrelson, que, por sinal, concorre ao Oscar de melhor ator pelo papel.
Embora barrada na luta pela estatueta, a cantora vem colecionando elogios de crítica e público por este que é seu primeiro grande papel no cinema. Antes, Courtney fez uma rápida aparição no alopradíssimo cult-faroeste "Straight to Hell" de Alex Cox, e viveu uma jovem punk em "Sid & Nancy", do mesmo diretor, sobre outro casal-problema do rock, o baixista Sid Vicius, dos Sex Pistols, e sua namorada Nancy Spungen. A boa recepção a sua performance em "O Povo Contra Larry Flynt" - pelo qual foi indicado ao Globo de Ouro de melhor atriz dramática - não deve afastá-la da música, porém.
Com dois álbuns lançados, a banda continua, como Courtney frisa em entrevista: "Ninguém está me obrigando a escolher entre representar ou cantar".
"Existe Censura Nos Estados Unidos e Ela é Baseada na Hipocrisia, Que Impõem Barreiras a Certos Temas".
O Dia - O presidente tcheco Vaclav comentou que você ficou perfeita como esposa de Larry Lynt.
Courtney Love - Incrível, não? Eu fiquei emicionada e espantada com toda a coisa. Afinal, ele é um dos grandes líderes mundiais. E, ao mesmo tempo, um cara muito legal. Me senti muito honrada.
O Dia - Como foi fazer o filme? Courtney Love - A reação das pessoas me fez sentir como uma colegial que acabou de tirar um dez, quando achava que ia passar raspando com seis (risos). De repente os adultos da indústria de cinema passaram a me tratar bem, sacou (risos)? Comparado com a turma do rock, no cinema tem muita gente madura. Não tem aquele clima punk do meio musical, mas é legal.
O Dia - A comunidade musical está te dando força? Courtney Love - Não. Muitos dos meus amigos colocam o trabalho de ator lá embaixo. Ao ponto de acharem que repetir palavras de outros não é um lance visceral. Como atriz encontrei a mesma paixão que encontro na música, até mais refinada. Revendo o filme, há momentos onde consegui ser realmente honesta, o mesmo sentimento que tenho quando faço um bom show de rock.
O Dia - Qual foi o momento mais difícil nas filmagens? Courtney Love - Morrer é dureza. Mas a equipe do filme deu o maior apoio. na base de chegar e falar "estamos supertristes que você morra nesta cena", coiss assim. Eu vivi a cena de uma forma muito fisica. Tive de ficar sob toda aquela água, com os olhos abertos, prendendo o fôlego. A coisa me machucou. E a roupa de Woody ficava sempre molhada. Foi pauleira. O outro momento difícil foi o primeiro dia de trabalho. Eu esbarrava direto nos microfones, errava as marcações, saia fora da luz. E a equipe ria das falas do Woody. Achei que todo mundo ia me odiar
O Dia - O que lhe atrai mais como artista: música ou filmes? Courtney Love - Creio que não são coisas que se oponham. Valorizo ampos por diferentes razões. Um pelo refinamento. Ser ator não é um processo solitário. É um trabalho de equipe; aquele bando de gente trabalhando duro na frente e por trás das câmeras, capturando aquele momento. E na música, também existe essa coisa de equipe, mas a relação é mais fluida.
O Dia - O que vai comunicar de diferente neste novo disco? Courtney Love - Neste exato momento, estou trabalhando no novo album. E sinto que limpei a barra. Que não preciso provar nada a ninguém. Não preciso do comportamento pessoal enraivecido que eu tinha. Não sei o que se passou, mas me sinto mais calma. Agora, quando escrevo minhas canções, posso ir mais objetivamente ao assunto e passar aquilo que quero dizer sobre as coisas com as quais estou lidando. Sinto que vejo as coisas mais claramente agora.
O Dia - O tema do filme é a liberdade de expressão e o poder destruitivo das drogas. Como isso toca a você e a seu público? Courtney Love - Não vejo nhuma mensagem específica sobre as drogas no filme. Nem qualquer mensagem feminista, o que é uma pena, pois tento colocar isso em tudo o que faço, assim como Woody faz no que se refere à maconha (risos). O filme fala da Primeira Emenda da Constituição, um assunto que enche o saco da minha geração, que no entanto sempre viveu sob sua proteção. Quando fui com Milos Formam (o diretor do file) à Praga entendi muita coisa. Esse homem tão gentil, que evitou passar qualquer rancor no filme, nasceu sob domínio nazista. Ele cresceu nu regime totalitário. Em Praga, conheci gente que foi encarcerada por fazer desenhos infantis que irritaram as autoridades. E eu fico louca só porque colocam um adesivo no meu disco, advertindo os pais sobre as letras.
O Dia - Existe censura nos Estados Unidos? Courtney Love - Sim, no velho estilo americano de hipocrisia. Sociedades onde a liberdade de exprassão é total, como a da Suécia e a da Holanda, só são possíveis porque se tratam de países menores. Os Estados Unidos descendem da sociedade inglesa, temos liberdade de imprensa, mas a hipocrisia impõem barreiras no que se refere a certos temas. É inevitável.
Wladimir Weltman
"Não Quer Ver, Não Olha"
O filme "O Povo Contra Larry Flynt", sobre a eterna batalha entre conservadorismo e liberdade de expressão nos Estados Unidos, me remete a uma frase, cuja autoria não me recordo, mas acho perfeita: "Um pouco de liberdade é como um pouco de gravidez. Não existe". Acho, se não me engano (pasmem!), que foi o escritor de best-sellers Sidney Shelton quem a proferiu. Mas vamos à censura ao chamado erotismo, que alguns confundem com a pornografia.
Aliás, com razão: quem sabe ao certo a fronteira entre os dois? Para mim, o belo e o excitante é o erótico e o vulgar ou feio - é pornográfico. Só. Quanto aos limites a se estabelecer sobre nú, erotismo, etc, sou curto e grosso: quem não quer ver, não olha, não compra.
Nunca paguei por produtos dos quais não gostasse. Não sou masoquista. Enfim, apenas deve-se estabelecer públicos e, no caso da televisão, horários: as revistas e jornais com nú devem ser impróprios para menores de 18 anos. Na TV, o erotismo deve ser exposto após as 22h. E há ainda o recurso de mudar de canal, desligar a TV... É tão simples. O resto é censura, repressão.
Ney Reis
Revista Ele e Ela
Editor-Executivo
Jornal O Dia
Rio de Janeiro/RJ
5º Feira
13 de Março de 1997
------------------------------------------------------------------------------------------------

HISTÓRIA - PREVENÇÃO DSTS/AIDS 90'S

O Camisão
Reality, o "preservativo feminino" chega ao Brasil neste fim de ano causando boas impressões. Testes realizados em 1996 com mais de 100 mulheres indicaram que 48% das voluntárias devem vestir a "camisinha feminina", afirmando que ela dá maior liberdade na "Hora H". De dimensões maiores do que a "camisinha masculina" (veja na foto, nas mãos da boneca) a Reality, fabricada na Inglaterra é importanda pela DKT do Brasil. Feito de poliuretano, o "camisão" deve custar R$ 6,00 (a caixinha com duas unidades).
Dani Braun
Revista Trip
1997
------------------------------------------------------------------------------------------------

sábado, 24 de novembro de 2007

ALCOOLISMO: Questionário/Respostas

Como Você Vê o Alcoolismo?
Conforme o combinado, mandamos as respostas do Questionário que utilizamos desde 1995 em palestras, encontros e cursos / treinamentos sobre dependência quimica para avaliação rápida de conhecimentos de nossa população alvo. Veja como está o seu conhecimento sobre alcoolismo. Se acertar a maioria, você tem um bom conhecimento, mas não estacione; é tipo de conhecimento que tem sempre que se atualizar. Se errou a maioria das perguntas, sem problema: vivemos numa sociedade com um número enorme de informações e numa velocidade estonteante, mas poucas dessas informações são precisas, ainda mais sobre tal tema, que é sempre visto com desconfiança, ignorância ou preconceito.
Coloque Verdadeiro ou falso no final das afirmações abaixo relacionadas:
1) - Não existe um único tipo de alcoólatra:
Verdadeiro = Entre os alcoólatras existem vários padrões de beber, assim como tipos de personalidade, níveis de funcionamento, níveis sócio-econômicos, etc. Não existe um ínico padrão usado para identificação de todos os alcoólatras. Os alcoólatras ativos, que continuam bebendo, sempre procuram dar uma definição que os excluam.
2)- Um alcoólatra não deve usar substâncias alteradoras de humor de qualquer espécie, em nenhuma situação:
Falso = Recomenda-se que álcoólatras não usem substâncias psicoativas (SPAs) de qualquer espécie. No entanto, existem circunstâncias especiais onde costuma-se usar sedativos e/ou tranquilizantes, como nos casos de abstinência alcoólica. Certas drogas podem ser utilizadas com acompanhamento de um médico experiênte, a fim de previnir problemas, tais como "Delirium Tremens" e convulsões. Acredita-se que o uso adequado dessas substâncias deva ser sob estrita supervisão médica e mesmo assim, por um perído de tempo curto e com objetivos específicos. Quaisquer substâncias psicoativas (SPAs) que o alcoólatra porventura receite para si mesmo ou que leigos receitem para a substituição do álcool por tais drogas, é considerado perigoso. Um alcoólatra que toma tranquilizantes e sedativos dificilmente estará suficientemente motivado para o tratamento.
3) - No tratamento de alcoolismo deve-se focalizar primeiramente os problemas que contribuam para essa condição:
Falso = Enquanto o álcoólatra não fizer nada de construtivo para si, primeiramente a respeito de seu problema de bebida, nada poderá fazer a respeito de qualquer outro de seus problemas. O tratamento de outros problemas mais profundos só é eficaz se o alcoólatra estiver sóbrio primeiro.
4)- Alcoólatras ativos resistem à sobriedade:
Verdadeiro = A maioria dos alcoólatras teme não mais poder depender do álcool. A sobriedade implica em encarar a realidade, ser honesto consigo mesmo e ser um indivíduo responsável e maduro. Se a dependência pelo álcool é tão forte em alguns alcoólatras, que eles não podem cenceber a idéia de funcionar sem ele.
5)- A meta principal do tratamento do alcoolismo é devolver o indivíduo ao seu estágio inicial; isso significa que o indivíduo pode voltar a beber socialmente:
Falso = Uma volta ao funcionamento pré-alcoolismo implica numa volta ao nível de funcionamento e ajustamento anterior. Isso não é adequado, pois nessa fase, o alcoolismo estava em progressão, com todas as consequências dos comportamentos negativos do uso. Voltar a esse estágio, implica em reiniciar a progressão da doença, tanto em perda de controle da bebida, quanto em comprometimento emocional e psicológico.
6)- Beber em excesso é critério principal do diagnóstico do alcoolismo:
Falso = Perda de controle da bebida e/ou comportamento resultante, devem ser vistos como o critério principal. A frequencia da bebida e a quantidade de ingestão não são em si mesmos fatores determinantes no diagnóstico, pois em algumas sociedades alguns hábitos de beber alcoólicos não são considerados exagerados.
7)- Na recuperação do alcoolismo, cada membro da família tem seu próprio papel no ajustamento familiar:
Verdadeiro = Alcooolismo é uma doença familiar. A familia deve crescer emocionalmente antes, durante e depois da recuperação do alcoólatra, ou então, pode ocorrer um distanciamento entre seus membros. Através de uma conscientização cada vez maior e de um crescimento emocional, geralmente associados à recuperação do alcoolismo, haverá mais estabilidade e compreensão dos problemas de ajustamento familiar
8)- O alcoolismo é um vício:
Falso = Alcoolismo é uma doença que implica na dependência não saudáve
l de um ou mais agentes químicos. Assim o alcoólatra seria um doente do álcool. Alcoolismo é considerado uma doença multidimensional, ou seja, que afeta o indivíduo na sua totalidade (física, psíquica, emocional, espiritual, familia e etc...).
9)- O alcoolismo é uma condição intencionalmente causada pelo alcoólatra:
Falso = Um alcoólatra não tem, a intensão de se tornar alcoólatra. Alcoolismo é uma doença e não intencionalmente causado, assim como não o são outras doenças como tuberculose, diabetes, etc.
10)- Pode-se dizer que um alcoólatra está recuperado quando ele se encontra em abstinência:
Falso = A recuperação começa com a abstinência e esta é um requisito primordial . Uma vez que a bebida é um sintoma da doença do alcoolismo, a abstinencia é meramente a remoção de tal sintoma. O objetivo principal da recuperação é trazer um ajustamento satisfatório à vida e aumentar o nível de funcionamento individual.
11)- Todos os alcoólatras estão prontos, em qualquer estágio do alcoolismo, para pedir ajuda:
Falso = Os alcoólatras não podem ajustar-se à sua doença. Assim, o conflito resultante, aliado à tensão e ansiedade, é somente o da motivação. No entanto, espera-se que o alcoólatra peça ajuda. Pode ser tarde demais, intervenção e confrontação podem ter eficácia em qualquer estágio da doença.
12)- Cabe ao alcoólatra a responsabilidade para com sua recuperação:
Verdadeiro = Embora o alcoólatra não seja responsável pela sua doença, ele é responsável por sua recuperação. Ele deve assumir a responsabilidade para consigo, é o único jeito de se recuperar. Nenhuma situação externa seguer ou pessoas, a não ser o alcoólatra, podem tornar a sua sobriedade possível.
FLuizM
RosaMTMedeiros
Conselheiros em dependência Química
1995

COMPORTAMENTO 90'S: É Proibido Proibir

Uma nova lei, criada pelo deputado estadual Campos Machado, proibe a tatuagem e o body piercing para menores de 18 anos no Estado de São Paulo, com ou sem autorização dos pais ou responsáveis. Sem novidades: no Estado de Massachussets, nos EUA, a tatuagem é estritamente proibida a qualquer cidadão. Apesar de dar de frente com os princípios básicos da liberdade de expressão, assegurada pela Constituição, e interferir na relação entre pais e filhos, ele afirma que o projeto tem como um dos seus principais fundamentos a preservação da família. E chama de irresponsáveis os pais que permitem que seus filhos menores tenham tatuagens. Já os pais que permitem que seus filhos menores sejam tatuados, dizem que a lei "foi feita por quem não tem mais o que fazer". É o caso da tatuadora Medusa (foto), 42 anos, que diz ser a primeira brasileira na profissão. "Em 20 anos de tattoo, jamais tatuei menores de idade; salvo casos em que os pais acompanharam os filhos até o estúdio". Ela fez a primeira tatuagem em seu filho quando ele tinha cinco anos. "Fiz um 'G' no ombro dele, me preocupo muito com o tráfico de crianças brasileiras que rola no mundo", justifica. Gerson, o filho, é hoje tatuador e não se arrepende. Sorte dele. Para os maiores interessados:
- Procure um um profissional do qual você já conheça o trabalho;
- Fique ligado nas condições de higiene e assepsia do material usado e do local;
- Exija agulhas descartáveis e esterilizadas.
- Tenha antes a absoluta certeza de que quer fazer uma tatuagem.
Revista Trip 1999

PROPAGANDA ALCOÓLICA

Kaiser

Típica Propaganda ridícula, mal feita