quinta-feira, 3 de julho de 2008

Dependência Química

Descoberta relação de proteína com dependência Uma equipe de pesquisadores franceses mostrou os efeitos do consumo de substâncias que causam dependência química em alguns mecanismos de aprendizagem em cobaias, num estudo publicado pelo site da revista Nature. Já estava provado cientificamente que as substâncias que causam a dependência funcionam através da liberação no cérebro de uma molécula, chamada dopamina, segregada normalmente como "recompensa" por uma ação considerada positiva. O cérebro tenta então "reproduzir as atitudes" que levam à obtenção de dopamina, o que aumenta a motivação do indivíduo. A equipe, liderada por Jean-Antoine Girault, diretor de pesquisas do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM), se concentrou nos mecanismos moleculares vinculados a uma proteína, a DARPP-32, que, ativada pela dopamina, se acumula no núcleo dos neurônios em uma região do cérebro conhecida como striatum. Essa acumulação de DARPP-32 é observada também em ratos de laboratório quando aprendem a passar o focinho por um buraco para conseguir comida. Os pesquisadores analisaram os resultados obtidos com ratos normais e ratos com proteínas DARPP-32 funcionalmente desativadas. A princípio, os cientistas observaram que os ratos geneticamente modificados se tornaram menos sensíveis à ação de drogas injetáveis, como cocaína e morfina, demonstrando o papel da DARPP-32 no mecanismo da dependência. A mutação da proteína causa também uma redução da motivação dos ratos para obter comida, provando assim que a proteína em questão desempenha um papel fundamental nos mecanismos de aprendizagem e motivação. O estudo permite compreender melhor os mecanismos normais de aprendizagem e as alterações causadas por substâncias que causem dependência, segundo os pesquisadores. Além disso, o estudo abre uma nova via de pesquisa sobre o tratamento da dependência de algumas doenças que envolvem a produção de dopamina. Outra perspectiva aponta o comunicado de imprensa do INSERM, é melhorar o tratamento do mal de Parkinson, no qual a dopamina desempenha papel fundamental.
Centro Terapêutico Viva
Sorocaba/SP
Autor: Yahoo Notícias e AFP 06/2008
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