quinta-feira, 3 de julho de 2008

Alcoolismo

Alcoolismo está na base da maioria das agressões A violência doméstica continua a ser o drama de muitas famílias. Em metade dos casos registrados pelas autoridades portuguesas, o alcoolismo está na base da origem das agressões. Cinqüenta por cento dos casos de violência doméstica estão ligados ao consumo de alguma substância que altera o comportamento e a personalidade do indivíduo. E, atualmente, como as empresas em Portugal controlam os seus trabalhadores com o teste de alcoolemia, há uma maior predisposição para ingerir bebidas alcoólicas ao final do dia e durante os fins-de-semana. Esta é a explicação do psicólogo Emanuel Alves para as conclusões de um estudo feito a 12 mil situações de violência doméstica, realizada em Portugal. Este concluiu que a maior parte dos casos de violência doméstica acontece ao fim-de-semana, com especial incidência ao domingo e durante a noite. “As pessoas podem perder o próprio emprego se forem apanhadas alcoolizadas e por isso aproveitam o sábado e o domingo para não ter esse controle. E se os casos acontecem mais à noite e de madrugada, é o momento em que o homem ou a mulher alcoólica chega a casa”, explicou o especialista. Questionado se há formas de evitar situações de possíveis agressões, Emanuel Alves aconselha aos casais a estarem atentos já durante o tempo de namoro. “Grande parte das situações de violência doméstica já começou antes do casamento”, diz o especialista que trata muitos casos como estes. Aliás, o psicólogo adianta que já existem mais vítimas de violência doméstica que procuram ajuda de especialistas. Esta situação deve-se a vários fatores: o primeiro é que as autoridades policiais são, atualmente, mais protetoras, a legislação foi alterada e já existe mais instituições de apoio às vítimas. Contudo, o estudo não aborda apenas a violência contra os cônjuges, contempla ainda as agressões a crianças e idosos. Neste sentido, o psicólogo deixa um alerta para o fato de a violência sobre os idosos já ser superior à praticada contra as crianças. “Os idosos estão sozinhos, acamados e poucas pessoas conseguem ouvi-los”, lamentou Emanuel Alves. Mesmo assim, na Região (Votorantim/SP) esta é uma situação que está mais ou menos controlada, através da proteção dos técnicos da Segurança Social.
Centro Terapêutico Viva
Sorocaba/SP
06/2008
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